sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Ainda prefiro os livros...

Nos dias de hoje, pesquisar na internet um determinado assunto escolar está cada vez mais fácil. Para alguns, o primeiro passo, é sentar-se em frente ao computador, acessar um site de busca e digitar o tema que deseja. Mas, apesar da facilidade que a modernidade oferece, ainda existem estudantes que dispensam a tecnologia, para estudar da forma tradicional. Ou seja, fazendo o uso do velho e bom livro, de preferência, na biblioteca pública.

Biblioteca x Internet

Rebeca Alves, 16, estudante do ensino médio do colégio Manoel Devoto, é um exemplo disso. Ela diz que apesar da praticidade que a internet dispõem aos usuários, ainda prefere freqüentar a biblioteca.“Acredito que os conteúdos da internet são superficiais. Para mim, os livros guardam uma essência do autor. Gosto de estudar amontoada neles”, diz Rebeca.

Já Victor Albuquerque, também estudante do ensino médio, apresenta uma idéia oposta à da garota. Segundo ele, as páginas na web foram a melhor coisa que lhe aconteceu nos últimos tempos. “Eu faço questão de pesquisar na internet, facilita minha vida 100%. É muito mais rápido e seguro” conta o estudante do colégio Eurícles de Matos.

Biblioteca pública

A Funcionária da biblioteca Juracy Magalhães Elizete Moura diz que grande parte dos estudantes vão à biblioteca procurar livros mais raros e de difícil acesso, que não se encontram facilmente na Internet.

Ela explica que, para algumas pessoas, debruçar-se sobre os livros ainda tem seus encantos. “Outras crêem que estudar com os livros promove uma aprendizagem do assunto de forma mais completa e sem interferências de terceiros”, declara a bibliotecária. Enfim, independentemente da forma de estudar ou pesquisar, o importante é fixar o assunto da maneira mais adequada. Lembre-se: o importante é estudar!

Por: Belissa Marchi
Naiara Rocha

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Sebo: alternativa econômica

A estudante de medicina Aline Fonseca, 23, é freqüentadora assídua dos sebos em Salvador há cinco anos. Desde que ingressou na faculdade, garante que esta foi a forma mais econômica de comprar os livros que os professores sugeriam nas aulas. “Os livros na área de saúde são extremamente caros e, por isso, optei pelo sebo. Na verdade, esse espaço atende muito mais às minhas necessidades econômicas”, diz a estudante.

Nas ruas da Avenida Sete, Aline vai até uma livraria convencional, em busca de mais uma publicação que o professor recomendou. À primeira vista, ela vê o livro que procura, custando R$ 120. Em seguida, a estudante vai até um sebo e percebe que a mesma publicação está pela metade do preço, ou seja, o mesmo livro custa R$ 60. “Eu até tento pesquisar e comparar os preços em outros lugares, mas o sebo é imbatível, é muito mais em conta”, afirma Aline.

Assim como Aline, muitos estudantes, pesquisadores e colecionadores têm optado pelo sebo. Independentemente das condições financeiras, pagar mais barato agrada a todos. Algumas pessoas ainda acreditam que possuir um livro novo é sempre a melhor alternativa, mas nem sempre pagar a pelo preço colocado nas publicações é possível aos leitores.

Perfil dos clientes

Boa parte dos sebos pesquisados confirmam essa questão da economia. De acordo com Solange Silva, funcionária de um sebo da capital baiana, o perfil dos clientes é composto por estudantes universitários, seguidos de alunos das escolas privadas. "Existe um número significativo de universitários e colecionadores. Em alguns casos, o Sebo também serve como fonte de pesquisas e, por isso, colecionadores procuram por acervos raros", diz.

Nos dias de hoje, ainda persiste o preconceito em adquirir um livro no sebo. Para alguns, comprar livros em sebo é sinônimo de páginas em péssima qualidade, volumes rasgados, rabiscados e, até mesmo, com presença de traças nas folhas dos livros. Entretanto, esse conceito esta sendo desfeito dia após dia. Em alguns estabelecimentos, os livros dos sebos são catalogados, plastificados e, até mesmo, informatizados. E com isso, desfazendo a idéia preconceituosa que as
pessoas tinham outrora.


Confira a localização de alguns Sebos:

A)Sebo Livraria Brandão
Endereço: Rua Rui Barbosa, 15 - 1º subsolo, Centro, Salvador – BA
Tel.: (71) 3243-5383 / 3322-4809 / 3321-4618Fax: (71) 3242-3721
Horário de funcionamento: De Segunda a Sexta, das 08h às 18h; Sábado das 08h às 14h.
Tipos de Livros: Literatura, filosofia, comunicação, administração, dicionários e outros.
B)Sebo Juvenil
Endereço: Estação da Lapa, Primeiro Piso
Tel.: (71) 3243-6584
Horário de funcionamento: De Segunda a Sexta, das 09h às 21h
Tipos de livros: Livros diversos além de revistas, livros novos, revistas, CDs, DVDs, vídeo, vinil usado e outros.
C)Cantinho Sebo
Endereço: Rua Barão de Loreto, 380, Graça
Tel.: (71) 3332-5275
Horário de funcionamento: De segunda a sexta, das 08h30 às 18h; sábado 08h30 às 13h
E-mail: amaqueiroz@bol.com.br
Tipos de Livros: Romances, livros espiritas, esoterismo, psicologia, filosofia e outros.
D)Papiro Sebo
Endereço: Avenida Vale do Tororó, 28 – (Um ponto antes da Lapa/ sentido Shopping Piedade)Tel.: 3321-3808 / Fax.: (71) 3266-0212
Horário de funcionamento: De Segunda a Sexta, das 08h às 19h; Sábado das 08h às 15h.
Tipos de livros: Livros didáticos, técnicos, apostilas, revistas, obras raras e esgotadas e outros.
E)Sebo Laíze Utilidades
Rua 24 Fevereiro 125Nazaré, Salvador, 40070030
(0xx)71 3322-8783‎



segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Entrevista

Natural de Salvador, o jornalista, ficcionista, mestre e doutorando em literatura pela Universidade Federal da Bahia, Carlos Ribeiro (foto) é autor de mais de cinco livros. Atual membro da Academia de Letras da Bahia (ALB), confira abaixo uma super entrevista com ele.

Como surgiu a vontade de escrever?
Eu já escrevia diários desde a adolescência. Na verdade, eu anotava o que acontecia durante o dia, mas sem nenhuma pretensão literária. Depois, o meu texto ganhou, gradativamente, um estilo próprio, pessoal. O que me dava prazer não era só contar os fatos, mas retratá-los da minha maneira. Em 1979, na faculdade de jornalismo, uma experiência existencial muito forte me levou a buscar uma nova forma de expressão. Escrevi, então, o meu primeiro conto, intitulado "O encontro", que atendia melhor a minha necessidade de expressar aquela experiência. Eu o enviei para o concurso permanente de contos do Jornal da Bahia, organizado pelo jornalista Adinoel Motta Maia, e foi publicado. Foi quando percebi que poderia fazer literatura.

Como se sentiu ao conseguir publicar seu primeiro livro?
Em 1981, escrevi um livro de contos, Já vai longe o tempo das baleias, que retrata a vida dos moradores no bairro de Itapuã. O livro foi lançado pela Coleção dos Novos, da Fundação Cultural do Estado da Bahia, como prefácio de Ruy Espinheira Filho. De lá para cá publiquei mais seis volumes, entre conto, romance, novela e ensaio.

É difícil conciliar o trabalho de jornalista com o de escritor?
Para mim não. No meu caso, uma atividade ajuda a outra. O texto jornalístico utiliza uma linguagem mais limitada, em termos expressivos, voltada para a divulgação de fatos e acontecimentos reais. Já os textos dos livros apresentam uma linguagem literária, ficcional. Sabendo utilizar as duas coisas, simultaneamente, como no jornalismo literário, o resultado pode ser muito bom.

Para você, qual a importância de ser um membro da Academia de Letras da Bahia?
A importância é ter meu trabalho como escritor reconhecido por pessoas que compõem uma instituição de grande prestígio na sociedade. É também uma oportunidade de apoiar o desenvolvimento de um trabalho que considero necessário, de incentivo a leitura e a divulgação cultural.

Era algo que você almejava?
Não. Toda iniciativa partiu de amigos que fazem parte da acadêmica.

O senhor, como escritor, tem um gênero preferido de livro?
Escrevo ficção: conto e romance. Também sou ensaísta, minha próxima publicação será um livro de artigos e resenhas literárias. Como leitor gosto desses mesmos gêneros.


Tem algum livro que marcou a sua vida?
Vários livros marcaram a minha vida, a exemplo de O encontro marcado, de Fernando Sabino, e O tempo e vento, de Érico Veríssimo. Gosto muito dos contos de Kafka, de Tchekov, de Edgar Allan Poe, de Jorge Luís Borges e Ray Bradbury, para citar apenas alguns. Há romances inesquecíveis, como Crime e castigo, de Dostoievski, O poder e a glória, de Graham Greene, Horizonte perdido, de James Hilton... São muitos!

Qual é o seu escritor preferido? Você teve influência de alguém?
Vários autores marcaram o meu processo de percepção e, conseqüentemente, de criação literária. Tchekov, Graciliano Ramos, Rubem Braga... São parâmetros do que considero escrever bem.

Para ser escritor, tem que ter o dom?
Penso que as pessoas nascem com determinadas habilidades que são inatas e que podem ser desenvolvidas. Para aprimorá-las, entretanto, é necessário dominar técnicas. Para todas as áreas, seja nas artes, na literatura, no esporte, é necessário ter talento, mas o talento, sem trabalho, não é suficiente. Para ser escritor é necessário ler muito, pesquisar e experimentar para, um dia, poder encontrar seu estilo próprio. O resultado final é fruto de muito trabalho.


Por: Belissa Marchi
Naiara Rocha
Notícias locais

No webjornalismo, boa parte dos repórteres se limitam ao agendamento dos grandes veículos. Porém, existem fontes alternativas que podem provocar uma mudança.

Um bom exemplo disso, é o site do Governo da Bahia.

Na notícia que trouxemos para exemplicar, ela fala sobre o governador Jacques Wagner.

Para quem não sabe, Jacques Wagner iniciou a atividade política em 1968, no movimento estudantil. Natural do Rio de Janeiro, em 1973 mudou-se para Salvador e ingressou no pólo petroquímico. Um dos fundadores do PT, foi eleito governador da Bahia em 2006 com 52,89% dos votos.

Leia a notícia

Por: Belissa Marchi
Naiara Rocha